terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Tiago Coutinho 3c

Índios investem na produção e no processamento do mel em Alagoas
Esta é a primeira vez que a extração do produto é feita na própria aldeia.
A expectativa é de produção de cerca de uma tonelada de mel.
Os índios da tribo Wassu Cocal, na zona da mata de Alagoas, investem na criação de abelhas. Pela primeira vez a extração do mel foi feita na própria aldeia e eles acreditam que com o beneficiamento passarão a ganhar mais.
A poucos metros da aldeia ficam os primeiros apiários, localizados no meio da Mata Atlântica. Os quadros, carregados, são retirados aos poucos e colocados em caixas. São 280 colmeias em cinco apiários espalhados na mata e a expectativa é de que a aldeia Wassu Cocal produza cerca de uma tonelada de mel neste primeiro semestre.
Depois do processo de colheita, todo o mel produzido pelos índios seguia para Maceió porque na aldeia não havia maquinário nem estrutura para o beneficiamento. Foi assim durante três anos. Mas essa situação mudou e pela primeira vez a extração do mel poderá ser feita na aldeia.
“A gente quase não ganhava nada. Gastava com alimentação e uma série de coisas”, disse Carlos Gomes, técnico em apicultura.
Com o apoio da Funai, Fundação Nacional do Índio, os apicultores aderiram a um financiamento para investir no projeto. “O grupo compra todo equipamento para trabalhar: bota, roupa, luva e cera”, explicou o cacique Jeová Onório.
O material que faltava, como a mesa, a centrífuga e o decantador para armazenamento, chegou há poucos dias. O primeiro dia de beneficiamento na aldeia foi de ansiedade. Com os quadros na mesa, o trabalho é minucioso para liberar o mel. Depois, os quadros são colocados na centrífuga para extrair.
Os índios foram capacitados para usar os equipamentos. “Eles fizeram o mapeamento. Identificaram as famílias e as pessoas que gostariam de participar. Como todo ano letivo, começa com uma turma grande e, no final, vão saindo. Muitos não conseguem chegar ao final. Mas os que chegaram estão de parabéns”, disse Frederico Vieira Campos, coordenador regional da Funai.
A chegada do maquinário levou esperança para os índios que trabalham na apicultura. “A única esperança é melhorar depois dos equipamentos instalados”, concluiu o apicultor Edmiilson Correia.
Os índios vendem o quilo do mel por R$ 10. A estimativa é de uma produção de quatro toneladas no trimestre de janeiro a março.
http://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2011/02/indios-investem-na-producao-e-no-processamento-do-mel-em-alagoas.html
Comentário: A ação dos indígenas em tentar expandir a sua economia e ao mesmo tempo manter a tradição de recursos naturais, fez com que a FUNAI aderisse o financiamento deste projeto e assim, conseguiram expandir seu novo negócio, tornando sua economia auto-sustentável.

Erick Francis 3C

Índios Pataxó terão representante atuando junto a Prefeitura
O prefeito municipal de Prado, João Alberto Viana Amaral, “Jonga” (PC do B), se reuniu com representantes de várias comunidades indígenas na manhã desta terça-feira, 8 de fevereiro, na aldeia “Águas Belas”. O encontro representou o cumprimento de um compromisso firmado pelo gestor com o povo Pataxó, distribuído em onze comunidades localizadas no interior do município.
Durante a reunião, foi empossado como coordenador indígena e representante das aldeias junto a Prefeitura, o índio João Braz – “Harimõn”. Para o prefeito, a escolha de João Braz não poderia ter sido melhor, “porque ele sempre lutou pelos índios, sempre esteve na prefeitura buscando benefícios para o seu povo”, argumenta o gestor.
João Braz foi escolhido pelos caciques das onze aldeias durante uma reunião ocorrida na sede da Funai e agora é o intermediador oficial entre o seu povo e a Prefeitura. Durante a reunião, problemas como o estado das estradas, falta de energia elétrica, educação e saúde, foram trazidos a baila pelo índio Harimõn. Ele também fez questão de elogiar a iniciativa do prefeito Jonga, “primeiro prefeito a criar isso”, enfatiza o índio, “agora existe um contato maior entre a Prefeitura Municipal e as aldeias indígenas”, conclui.
O índio que sempre buscou uma maior sincronia entre órgãos públicos, aldeias e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio, disse estar muito feliz e agradecido a Tupã, o Deus Indígena. O encontro também marcou a entrega de certificados á vários integrantes da comunidade de Águas Belas, que participaram recentemente da oficina de artesanato a base de fibra de coqueiro, promovida pelo Centro de Referência de Assistência Social Indígena – CRAS-Indígena.
De acordo com Mônica Silva de Melo, coordenadora do CRAS-Indígena, as oficinas objetivam aumentar a renda das famílias dos índios. Na ocasião foi possível ver crianças, jovens e até idosos recebendo os certificados de participação na primeira, de várias oficinas que ocorrerão em outras aldeias Pataxó. O material confeccionado durante a oficina deve ser comercializado, gerando renda aos índios. A próxima oficina será realizada em Cumuruxatiba, utilizando como matéria prima, as conchas da praia.
Falando a imprensa, o prefeito Jonga afirmou que a cultura indígena integra e enriquece a cultura do município e por isso também precisa ser mantida e em alguns casos até resgatada. “O município de Prado tem muito a ganhar com isso”, enfatiza o gestor. A Prefeitura Municipal de Prado já implantou espaços culturais em Corumbau e Cumuruxatiba, onde os índios podem mostrar um pouco de sua cultura, história e de seus artefatos artesanais.
“Não podemos deixar á margem da sociedade os nossos índios, eles são os verdadeiros donos do Brasil, já estavam aqui, antes que tudo começasse, e não estavam tendo o reconhecimento por parte do poder público municipal, no que depender de mim, isso vai ser mudado e os índios terão todo o apoio e respeito da Prefeitura”, comprometeu-se Jonga.
Em atendimento a principal reivindicação do povo Pataxó das aldeias localizadas no território pradense, o prefeito disponibilizou a motoniveladora (patrol) do município por trinta dias para as comunidades, “isso vai atender a principal reivindicação dos índios que é o melhoramento das estradas que dão acesso ás aldeias, os índios precisam de estradas, os ônibus escolares entram nas aldeias e ás vezes enfrentam dificuldades, por isso vamos resolver logo esse problema”, afirma.
Cutucado por um profissional de imprensa, Jonga aproveitou a oportunidade para discorrer sobre a maior festa popular do país, o Carnaval. Segundo ele, a Secretaria de Turismo do Estado da Bahia já sinalizou que não vai investir nos carnavais do interior e “isso dificulta as coisas”, diz.
Jonga lembrou que o município não vive só de carnaval, precisa manter a máquina administrativa funcionando e funcionando bem durante todo ano, inclusive com a folha de pagamento em dia, no entanto, confirmou uma atração de nome para o evento, “vamos ter os dois, um carnaval de qualidade e a administração com responsabilidade sem deixar atrasar a folha de pagamento”, disse. Quando perguntamos quem seria a grande atração já fechada, o prefeito fez mistério, “é surpresa e no momento apropriado vamos anunciar”.
(SulBahia News Rafael Gilead)
Comentário:
Eu fico satisfeito quando o Brasil da sinais de que ainda leva em consideração o art.: 5 de sua constituição. Em terra em que os políticos são de maioria rica e de cor branca, é satisfatório quando você ouve falar de índios que se destacam na sociedade se botando em pé de igualdade com qualquer outro cidadão não importando classe, cor ou escolaridade, levando em consideração apenas o crescimento da sociedade brasileira.

Tiago Amarante 3C

Noticia indio xacriabá

A noticia fala sobre bibliotecas que serão implantadas na região de são João das missões apesar de ser um incentivo a cultura. A projeto prejudica a integridade da tribo já que os livros são em português e afastam cada vez mais a língua nativa.
Brasil: 85 bibliotecas rurais em 3 dias
31.01.2011 | Fonte de informações:

Comunidades Carentes do MA e MG recebem 85 bibliotecas rurais em 3 dias
O Programa de Bibliotecas Rurais Arca das Letras, que foi criado para incentivar a leitura em comunidades afastadas e carentes, vai implantar mais 85 bibliotecas até o final do mês. Na quinta-feira (27) serão inauguradas 43 bibliotecas no Maranhão (MA). De sexta (28) a sábado (29), outras 42 serão instaladas em Minas Gerais (MG).
Os municípios escolhidos no MA foram o de Governador Nunes Freire, Buriti Bravo e Chapadinha, integrantes dos Territórios da Cidadania Alto Turi e Gurupi, Cocais e Baixo Parnaíba. Em MG serão atendidas 40 aldeias indígenas da etnia xacriabá, em São João das Missões, e comunidades rurais de São Francisco e Luislândia.
As bibliotecas rurais são administradas voluntariamente por moradores das comunidades atendidas, que são treinados pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e se tornam agentes de leitura, responsáveis pelo empréstimo dos livros e pelo incentivo à atividade. Nessa ação, serão capacitados 86 agentes.
As pequenas bibliotecas rurais terão livros didáticos, de literatura e técnicos, que são escolhidos de acordo com os interesses e as necessidades locais. O desenhista Maurício de Sousa colaborou com diversos gibis de sua autoria (Turma da Mônica) para enriquecer o acervo.
Arca das Letras incentiva a leitura desde 2003
O Programa de Bibliotecas Rurais Arca das Letras, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), foi criado em 2003 para incentivar a leitura no meio rural, implantar bibliotecas e formar agentes de leitura nos assentamentos da reforma agrária, associações de crédito fundiário, colônias de pescadores, comunidades ribeirinhas, quilombolas, indígenas e demais comunidades de agricultura familiar. O objetivo é levar cultura e informação às comunidades mais afastadas das grandes cidades, proporcionando aos produtores rurais e suas famílias a oportunidade de exercer sua cidadania.
Hoje, o programa instala, em média, três bibliotecas por dia em áreas rurais. São milhares de livros circulando diariamente no campo. A ação faz parte do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), coordenado pelos Ministérios da Educação e da Cultura, e reúne uma ampla rede de parcerias, formada por Órgãos públicos, instituições não-governamentais, movimentos sociais e sindicais, escolas, editoras, livreiros, artistas, intelectuais, escritores e a população urbana em geral, que contribui para a chegada das bibliotecas a todos os cantos rurais do Brasil.
Programa beneficia mais de um milhão de famílias e ganha prêmio
Desde 2003, foram implantadas 8.040 bibliotecas, capacitados mais de 17 mil agentes de leitura e distribuídos mais de dois milhões de livros, beneficiando um milhão de famílias. O Arca das Letras foi premiado, com menção honrosa, no Prêmio Vivaleitura 2009, da Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura, como experiência abrangente e relevante para o País

Nathalia 3c

Índio guarani vende filha a homem branco por R$ 2 mil
Em Mato Grosso do Sul, as meninas das tribos são as maiores vítimas das drogas e da prostituição.
 O Fantástico viaja agora para os confins do Brasil, para fazer uma grave denúncia: índios vivem em condições sub-humanas na fronteira com o Paraguai.

As meninas são as maiores vítimas das drogas, da prostituição e até do tráfico de pessoas. Encontramos uma jovem vendida pelo pai, a um homem branco, por R$ 2 mil.
 “Meu pai me vendeu para o cara por R$ 2 mil”, conta uma índia guarani. Ela tinha apenas 11 anos quando foi vendida pelo próprio pai. Além dos R$ 2 mil, o comprador pagou ainda uma antena parabólica.
Na região de Dourados, em Mato Grosso do Sul, na fronteira com o Paraguai, vivem índios guaranis kaiowás e terenas, que estão entre os povos mais ameaçados do Brasil. O Fantástico foi a uma das oito reservas criadas em Mato Grosso do Sul por volta de 1920 com o discurso de integrar a população indígena à sociedade. Famílias inteiras foram retiradas das áreas de origem e levadas para lá. Acostumados com muito espaço, os índios tiveram que se adaptar a uma nova realidade.

Só nas aldeias Jaguapirú e Bororó são cerca de 12 mil índios guaranis em uma área que fica praticamente dentro da cidade de Dourados. Falta espaço para plantar.

“Nossa dificuldade é para plantar. Tem pouco. Não tem casa boa. Não tem luz. Tem dificuldade até para comida”, lamenta a índia Élvia Araújo.

Mas o principal problema é a violência.

Mato Grosso do Sul tem a segunda maior população indígena do Brasil. Segundo o Ministério Público Federal, a taxa de homicídio entre os guarani-kaiowá do estado é de cem para cada 100 mil habitantes, quatro vezes a média nacional.

“Um índice superior ao do próprio Iraque. Você tem uma população submetida a um índice de violência extremo”, aponta o procurador da República Marco Antônio Delfino de Almeida.

A proximidade com os brancos trouxe para as aldeias muito mais do que um novo idioma. De carona vieram o álcool, a maconha, a cocaína. Até a droga mais devastadora do momento já chegou por aqui.

“Aqui está rolando de tudo, já. Crack, maconha e até cocaína”, alerta a vice-líder da aldeia, Leomar da Silva, vice-líder da aldeia.

Uma índia de apenas 14 anos diz que está acostumada a fumar maconha com os amigos.

“Quando nós fumamos cinco, bomba aqui. Gostei da maconha até a primeira vez. Quando chego alguém com maconha, eu fumo”, diz.

O consumo de álcool e drogas potencializa a violência. Quando a equipe do Fantástico estava na aldeia Bororó, a índia Márcia Soares Isnardi, de 21 anos, tinha morrido apedrejada. O corpo foi encontrado no dia seguinte na beira da estrada.

“Ela estava tomando bebida alcoólica na casa da mãe dela. E de lá ela subiu para cá. E acabou morrendo no meio da estrada”, lembra o cacique e tio da índia morta, César Isnardi.

Quem sobrevive aos ataques violentos não esconde a tristeza. A índia Lucilene levou uma facada no rosto, quando o marido chegou em casa drogado. “Meu marido me batia porque ele fumava maconha. Fumava e bebia. Fumava droga”, conta.

Nas aldeias não há nenhum tipo de policiamento preventivo. Mas as autoridades têm conhecimento do que acontece por lá.

“Esse tráfico de drogas é o carro chefe de uma série de outros delitos que são consequência: violência doméstica, furtos, roubos”, comenta Antônio Carlos Sanches, delegado da Polícia Federal.

Uma vez por semana, pais de família se unem e vão para as ruas em um patrulhamento comunitário na aldeia.

“Eu peguei um menininho com 14 anos, drogado, louco. O que vai acontecer com esse menor?”, questiona diz uma mulher.

Não muito longe dali, no município de Ponta Porã, as adolescentes indígenas são as principais vítimas da desestruturação familiar das aldeias. Na fronteira entre Brasil e Paraguai, no município de Pedro Juan Caballero, do lado brasileiro, há vários pontos de prostituição de adolescentes, inclusive indígenas. A Iraci faz parte do Conselho Tutelar de Ponta Porã.

“A nossa divisa é só uma rua. E os adolescentes das aldeias que vêm se prostituir sabem desse limite nosso de autoridade aqui. Atravessou para lá, o conselho não pode fazer mais nada”, diz Iraci de Oliveira.

Uma índia tem 17 anos. Ela conta que se prostitui para comprar comida.

Repórter: O que você faz aqui no asfalto?
Índia: Passear.
Repórter: Passear é o quê?
Índia: Procurar dinheiro.
Repórter: Como que ganha dinheiro aqui?
Índia: Fazer programa.
Repórter: Quanto você ganha a cada programa que você faz?
Índia: R$ 30, R$ 40.
Repórter: O que você faz com o dinheiro?
Índia: Fazer comida.
Repórter: A sua mãe sabe que você está aqui?
Índia: Sabe.
Repórter: O que ela diz?
Índia: Vai procurar dinheiro.
Repórter: Ela sabe que você faz sexo?
Índia: Sabe.

Outra menor guarani, do início da reportagem, tenta se recuperar do trauma de ter sido vendida pelo pai ao dono de uma olaria por R$ 2 mil e mais uma antena parabólica.

Repórter: E aí você foi para a casa deste homem? E o que você sentiu?
Índia: Senti medo. Só sabia gritar.
Repórter: E o que ele falava?
Índia: Que ia transar comigo e me abusou.

Nós procuramos o homem que teria comprado a menina, mas ele não foi encontrado.

A Índia, hoje com 15 anos, vive em uma casa de proteção ao adolescente. Ela diz que não quer voltar a viver na aldeia. Vai se dedicar aos estudos e quer ser professora. “Eu quero ser alguém na vida, ter uma profissão”, diz.

“Solucionando a questão das terras, a gente cria um ambiente favorável para diminuir essa situação de violência que acontece tanto dentro das comunidades como também contra os próprios indígenas”, aponta Marcio Meira, presidente da FUNAI.

E os guarani ainda mantêm a tradição das casas de reza. Seu Getúlio diz todos os dias que pede aos deuses para pedir proteção e paz nas aldeias.



Análise sobre a reportagem “Índio guarani vende a filha a homem branco por R$2 mil.
Por Nathalia Azevedo Bittencourt
            A reportagem exibida no Fantástico no dia 30 de janeiro de 2011 aborda um cenário muito comum atualmente nas aldeias indígenas, que é a influência negativa do homem branco, adquirida ao longo do tempo. Os índios de diversas tribos perderam sua cultura e estão em situação crítica da qual convivem com a violência, geralmente causada pelo uso de drogas e álcool.
            Outro problema vivenciado pelos índios é a falta de dinheiro para necessidades básicas, tendo como conseqüência, muitas vezes, a prostituição em troca desse dinheiro. A falta de dinheiro é tão abundante que como abordado na reportagem, um índio guarani vende a própria filha por 2 mil reais e uma antena parabólica.

Laíza Freitas 3c

STF julga hoje ocupação de área indígena no sul da Bahia
Helen Bernardes
Brasília/DF
Quarta-feira, 24 de setembro de 2008, 10h21

O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) analisa hoje, 24, a ação em que a Funai (Fundação Nacional do Índio) pede a nulidade de títulos de propriedade de terras concedidos pelo governo da Bahia a fazendeiros e agricultores no sul da Bahia. Segundo a Funai, centenas deles ocupam de forma irregular terras dos índios pataxó-hã-hã-hãe.

Ontem, 23, os índios realizaram, na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF), um ato público em defesa da retirada de fazendeiros que ocupam parte da Terra Indígena Caramuru-Paraguaçu, na Bahia.
O caso

A questão, relatada pelo ministro Eros Grau, será discutida por meio de Ação Cível Originária (ACO 312) ajuizada há 26 anos pela Funai. A área conflagrada abrange os municípios baianos de Camacan, Pau-Brasil e Itaju do Colônia, tem 54 mil hectares e abriga cerca de 3,2 mil índios, segundo dados dos próprios indígenas.

O processo foi levado ao Plenário algumas vezes. Em uma delas, em fevereiro de 2002, os ministros chegaram à conclusão que poderiam analisar a ação da Funai mesmo diante da não demarcação da terras como indígenas, pela União, de acordo com o determinado pela Constituição Federal de 1988.

Em 1926, o governo da Bahia teria feito uma tentativa de demarcação que não chegou a ser consolidada. Mesmo assim, o Tribunal entendeu que poderia examinar se a área é ou não indígena.

Em novembro de 2007, o Tribunal decidiu que não seria possível rediscutir ou complementar perícia no estágio processual em que a ação se encontrava. Isso porque o relator já havia permitido que as partes no processo e o Ministério Público Federal (MPF) apresentassem suas alegações finais.

O parecer do MPF sobre a ação data de abril de 2001. Nele, o procurador-geral da República à época, Geraldo Brindeiro, opinou pela procedência do pedido da Funai, com a declaração de nulidade dos títulos de propriedade de terras concedidos aos fazendeiros e agricultores.
Comentário:
Acho que o governo deveria devolver as terras aos Índios, pois pertencem a eles desde sempre, e é um direito que eles possuem. Os índios já não tem muito espaço nesse imenso país para exercer sua cultura, já não tem muito espaço para habitarem, ainda querem tirar as terras deles? Não pode continuar assim. O STF devia se tocar e devolver o que lhes pertence por direito.
Laíza Freitas

Luísa Kalil 3c

Violência e drogas marcam relação entre índios do MS

Na região de Dourados, em Mato Grosso do Sul, na fronteira com o Paraguai, vivem índios guaranis kaiowás e terenas, que estão entre os povos mais ameaçados do Brasil.

“Meu pai me vendeu para o cara por R$ 2 mil”, conta uma índia guarani. Ela tinha apenas 11 anos quando foi vendida pelo próprio pai. Além dos R$ 2 mil, o comprador pagou ainda uma antena parabólica.

Na região de Dourados, em Mato Grosso do Sul, na fronteira com o Paraguai, vivem índios guaranis kaiowás e terenas, que estão entre os povos mais ameaçados do Brasil. O Fantástico foi a uma das oito reservas criadas em Mato Grosso do Sul por volta de 1920 com o discurso de integrar a população indígena à sociedade. Famílias inteiras foram retiradas das áreas de origem e levadas para lá. Acostumados com muito espaço, os índios tiveram que se adaptar a uma nova realidade.

Só nas aldeias Jaguapirú e Bororó são cerca de 12 mil índios guaranis em uma área que fica praticamente dentro da cidade de Dourados. Falta espaço para plantar.

“Nossa dificuldade é para plantar. Tem pouco. Não tem casa boa. Não tem luz. Tem dificuldade até para comida”, lamenta a índia Élvia Araújo.

Mas o principal problema é a violência.

Mato Grosso do Sul tem a segunda maior população indígena do Brasil. Segundo o Ministério Público Federal, a taxa de homicídio entre os guarani-kaiowá do estado é de cem para cada 100 mil habitantes, quatro vezes a média nacional.

“Um índice superior ao do próprio Iraque. Você tem uma população submetida a um índice de violência extremo”, aponta o procurador da República Marco Antônio Delfino de Almeida.

A proximidade com os brancos trouxe para as aldeias muito mais do que um novo idioma. De carona vieram o álcool, a maconha, a cocaína. Até a droga mais devastadora do momento já chegou por aqui.

“Aqui está rolando de tudo, já. Crack, maconha e até cocaína”, alerta a vice-líder da aldeia, Leomar da Silva, vice-líder da aldeia.

Uma índia de apenas 14 anos diz que está acostumada a fumar maconha com os amigos.

“Quando nós fumamos cinco, bomba aqui. Gostei da maconha até a primeira vez. Quando chego alguém com maconha, eu fumo”, diz.

O consumo de álcool e drogas potencializa a violência. Quando a equipe do Fantástico estava na aldeia Bororó, a índia Márcia Soares Isnardi, de 21 anos, tinha morrido apedrejada. O corpo foi encontrado no dia seguinte na beira da estrada.

“Ela estava tomando bebida alcoólica na casa da mãe dela. E de lá ela subiu para cá. E acabou morrendo no meio da estrada”, lembra o cacique e tio da índia morta, César Isnardi.

Quem sobrevive aos ataques violentos não esconde a tristeza. A índia Lucilene levou uma facada no rosto, quando o marido chegou em casa drogado. “Meu marido me batia porque ele fumava maconha. Fumava e bebia. Fumava droga”, conta.

Nas aldeias não há nenhum tipo de policiamento preventivo. Mas as autoridades têm conhecimento do que acontece por lá.

“Esse tráfico de drogas é o carro chefe de uma série de outros delitos que são consequência: violência doméstica, furtos, roubos”, comenta Antônio Carlos Sanches, delegado da Polícia Federal.

Uma vez por semana, pais de família se unem e vão para as ruas em um patrulhamento comunitário na aldeia.

“Eu peguei um menininho com 14 anos, drogado, louco. O que vai acontecer com esse menor?”, questiona uma mulher.

Não muito longe dali, no município de Ponta Porã, as adolescentes indígenas são as principais vítimas da desestruturação familiar das aldeias. Na fronteira entre Brasil e Paraguai, no município de Pedro Juan Caballero, do lado brasileiro, há vários pontos de prostituição de adolescentes, inclusive indígenas. A Iraci faz parte do Conselho Tutelar de Ponta Porã.

“A nossa divisa é só uma rua. E os adolescentes das aldeias que vêm se prostituir sabem desse limite nosso de autoridade aqui. Atravessou para lá, o conselho não pode fazer mais nada”, diz Iraci de Oliveira.

Outra menor guarani, do início da reportagem, tenta se recuperar do trauma de ter sido vendida pelo pai ao dono de uma olaria por R$ 2 mil e mais uma antena parabólica.

Nós procuramos o homem que teria comprado a menina, mas ele não foi encontrado.

A Índia, hoje com 15 anos, vive em uma casa de proteção ao adolescente. Ela diz que não quer voltar a viver na aldeia. Vai se dedicar aos estudos e quer ser professora. “Eu quero ser alguém na vida, ter uma profissão”, diz.

“Solucionando a questão das terras, a gente cria um ambiente favorável para diminuir essa situação de violência que acontece tanto dentro das comunidades como também contra os próprios indígenas”, aponta Marcio Meira, presidente da Funai.

E os guarani ainda mantêm a tradição das casas de reza. Seu Getúlio diz todos os dias que pede aos deuses para pedir proteção e paz nas aldeias.


Comentário:
De acordo com a reportagem do fantástico, a proximidade dos brancos possibilitou o contato dos índios com as drogas e o álcool, potencializando a violência, e devido a falta de policiamento preventivo, o índice de homicídios cresceu muito.

Lalite Pereira 3c

Violência e drogas marcam relação entre índios do MS
Na região de Dourados, em Mato Grosso do Sul, na fronteira com o Paraguai, vivem índios guaranis kaiowás e terenas, que estão entre os povos mais ameaçados do Brasil.
“Meu pai me vendeu para o cara por R$ 2 mil”, conta uma índia guarani. Ela tinha apenas 11 anos quando foi vendida pelo próprio pai. Além dos R$ 2 mil, o comprador pagou ainda uma antena parabólica.

Na região de Dourados, em Mato Grosso do Sul, na fronteira com o Paraguai, vivem índios guaranis kaiowás e terenas, que estão entre os povos mais ameaçados do Brasil. O Fantástico foi a uma das oito reservas criadas em Mato Grosso do Sul por volta de 1920 com o discurso de integrar a população indígena à sociedade. Famílias inteiras foram retiradas das áreas de origem e levadas para lá. Acostumados com muito espaço, os índios tiveram que se adaptar a uma nova realidade.
Só nas aldeias Jaguapirú e Bororó são cerca de 12 mil índios guaranis em uma área que fica praticamente dentro da cidade de Dourados. Falta espaço para plantar.
“Nossa dificuldade é para plantar. Tem pouco. Não tem casa boa. Não tem luz. Tem dificuldade até para comida”, lamenta a índia Élvia Araújo.
Mas o principal problema é a violência.
Mato Grosso do Sul tem a segunda maior população indígena do Brasil. Segundo o Ministério Público Federal, a taxa de homicídio entre os guarani-kaiowá do estado é de cem para cada 100 mil habitantes, quatro vezes a média nacional.
“Um índice superior ao do próprio Iraque. Você tem uma população submetida a um índice de violência extremo”, aponta o procurador da República Marco Antônio Delfino de Almeida.
A proximidade com os brancos trouxe para as aldeias muito mais do que um novo idioma. De carona vieram o álcool, a maconha, a cocaína. Até a droga mais devastadora do momento já chegou por aqui.
“Aqui está rolando de tudo, já. Crack, maconha e até cocaína”, alerta a vice-líder da aldeia, Leomar da Silva, vice-líder da aldeia.
Uma índia de apenas 14 anos diz que está acostumada a fumar maconha com os amigos.
“Quando nós fumamos cinco, bomba aqui. Gostei da maconha até a primeira vez. Quando chego alguém com maconha, eu fumo”, diz.
O consumo de álcool e drogas potencializa a violência. Quando a equipe do Fantástico estava na aldeia Bororó, a índia Márcia Soares Isnardi, de 21 anos, tinha morrido apedrejada. O corpo foi encontrado no dia seguinte na beira da estrada.
“Ela estava tomando bebida alcoólica na casa da mãe dela. E de lá ela subiu para cá. E acabou morrendo no meio da estrada”, lembra o cacique e tio da índia morta, César Isnardi.
Quem sobrevive aos ataques violentos não esconde a tristeza. A índia Lucilene levou uma facada no rosto, quando o marido chegou em casa drogado. “Meu marido me batia porque ele fumava maconha. Fumava e bebia. Fumava droga”, conta.
Nas aldeias não há nenhum tipo de policiamento preventivo. Mas as autoridades têm conhecimento do que acontece por lá.
“Esse tráfico de drogas é o carro chefe de uma série de outros delitos que são consequência: violência doméstica, furtos, roubos”, comenta Antônio Carlos Sanches, delegado da Polícia Federal.
Uma vez por semana, pais de família se unem e vão para as ruas em um patrulhamento comunitário na aldeia.
“Eu peguei um menininho com 14 anos, drogado, louco. O que vai acontecer com esse menor?”, questiona diz uma mulher.
Não muito longe dali, no município de Ponta Porã, as adolescentes indígenas são as principais vítimas da desestruturação familiar das aldeias. Na fronteira entre Brasil e Paraguai, no município de Pedro Juan Caballero, do lado brasileiro, há vários pontos de prostituição de adolescentes, inclusive indígenas. A Iraci faz parte do Conselho Tutelar de Ponta Porã.
“A nossa divisa é só uma rua. E os adolescentes das aldeias que vêm se prostituir sabem desse limite nosso de autoridade aqui. Atravessou para lá, o conselho não pode fazer mais nada”, diz Iraci de Oliveira.
A Índia, hoje com 15 anos, vive em uma casa de proteção ao adolescente. Ela diz que não quer voltar a viver na aldeia. Vai se dedicar aos estudos e quer ser professora. “Eu quero ser alguém na vida, ter uma profissão”, diz.
“Solucionando a questão das terras, a gente cria um ambiente favorável para diminuir essa situação de violência que acontece tanto dentro das comunidades como também contra os próprios indígenas”, aponta Marcio Meira, presidente da FUNAI.
E os guarani ainda mantêm a tradição das casas de reza. Seu Getúlio diz todos os dias que pede aos deuses para pedir proteção e paz nas aldeias
Reportagem do dia 30/01/2011




Comentário
De acordo com a reportagem exibida pelo fantástico, podemos perceber que cada dia que passa os índios então perdendo cada vez mais a sua cultura, seus princípios, não impõem mais respeito as suas raízes.
A reportagem mostra situações onde com o envolvimento dos índios com os homens brancos, eles tem começado a usar cada vez mais drogas e álcool e se prostituirem. Estão tentando reverter a situação com mais policiamento.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Victor Borges 3C

26/12/2010 22h37 - Atualizado em 26/12/2010 23h02
Envolvidos com álcool e drogas, índios criam milícias nas tribos
Caciques dizem que precisam ter armas de fogo para serem respeitados.
Tradição de castigos físicos é muito forte.
Alcoolismo, drogas, magia negra, estupros e suicídios cada vez mais fazem parte da rotina de comunidades indígenas localizadas em uma região isolada do país, nas fronteiras com o Peru e a Colômbia. Na terra dos tikunas, no extremo oeste da Amazônia, não há controle na venda de álcool e drogas.
Por isso, os índios da região formaram sua própria polícia, uma espécie de milícia paramilitar. A fronteira entre Tabatinga, no Brasil, e Letícia, na Colômbia, é rota do tráfico de drogas e de armas. O Rio Solimões é a principal estrada da região. As aldeias Tikuna ficam justamente neste entorno e são mais de 20 vilas.
Os tikunas formam a mais numerosa nação indígena do Brasil. A proximidade com os brancos tem feito os índios adotarem práticas perigosas, como o alcoolismo. O índios alegam que a bebida vêm das cidades e são vendidas nas tribos. Pela lei, é proibido vender qualquer tipo de bebida alcoólica em região indígena.
Muitos jovens e até crianças com idades entre 10, 11 e 12 anos de idade já estão envolvidos com álcool. É possível ver jovens bebendo na porta de casa, sem o menor controle dos pais. Embriagados, muitos perdem o equilíbrio e chegam a cair no igarapé.
Lei dos caciques
Em cada comunidade há um contingente que pode variar de 100 a 300 milicianos. Todos os índios têm treinamento militar e todas as tropas têm seu delegado e os instrutores. Um deles serviu ao Exército em Tabatinga como soldado. Na aldeia, ele atua como comandante. “Aqui é meus ‘polícia’. Eles me indicaram para o cargo”, diz.
O tempo que passou no Exército, onde atuava com armas, trouxe a experiência para treinar. “Sim, senhor. Com isso hoje existe a polícia indígena. (...) Sim. Aqui eu não. Porque proíbe. Aqui só cassetete para defender nosso povo”, afirma o índio.
Na polícia indígena, prevalece a lei dos caciques. “É que nas comunidades acontecem muitas coisas. É como criminalidade, estupro, invasão da terra, invasão da caça de mata ou dos lagos. Quando a gente denuncia para a Polícia Federal, eles só fazem escrever. Eles não vêm, não tomam a providência. É por causa disso que a polícia indígena foi criada”, afirma o cacique ticuna, Odácio Sosana Bastos.
“Antes de a gente começar o nosso trabalho, havia muitas drogas: cocaína, brilho, heroína, pasta. Tudo entrando pela fronteira. Mas quando a gente começou o trabalho, nós reduzimos em 85% o problema que tinha na comunidade”, garante o cacique.
Nos últimos anos, foram 85 casos de suicídio só em uma aldeia dos tikunas. “Quando consomem, eles chegam em casa com a cabeça já com álcool. O pai conversa com o filho e aconselha. Depois o filho fica revoltado. Aí o filho pega uma corda dessas e consegue se enforcar por causa do alcoolismo”, conta João Inácio Irineu Vitorino, ‘delegado’ da polícia indígena.
O antropólogo João Pacheco de Oliveira, do Museu Nacional no Rio de Janeiro, estudou o comportamento dos tikunas.“De certo modo apareceram grupos paramilitares em várias outras cidades ticunas e começaram a atuar de um modo talvez um pouco radical em relação às iniciativas da comunidade”, diz o antropólogo.
Operação Pantera
A cadeia da polícia indígena, com um metro e meio de altura, fica na comunidade de Belém dos Solimões. Na porta, algumas tábuas estão quebradas, porque os presos chutaram a parte interna.
“Quando está muito alterado, nós amarramos e jogamos aqui dentro. No outro dia, a gente tira o preso, leva para ali, chama o cacique ou chama o pastor. Fazemos uma reunião, um julgamento. Pergunta se a pessoa vai fazer de novo ou não. Aí a pessoa vai dizer que não vai fazer mais. Mas muitos repetem, muitos não cumprem”, conta
“Faz mais ou menos uns três meses que não prendo ninguém, é que mandaram parar. O Ministério Público mandou parar, porque teve uma revolta com o pessoal aqui quando nós começamos a trabalhar para acabar com esse negócio da bebida.”
Mas os caciques insistem que a polícia indígena precisa ter armas de fogo para ser respeitada. “O Ministério Público diz que nós, como índio, não precisamos usar a arma. Por quê? Nosso povo é igual ao povo civilizado. Tem revólver, tem pistola, tem machado, e ataca com essas armas em cima de nós. E nós só com cassetete?”, questiona Sosana Bastos.
Ministério Público
A procuradora da República Gisele Dias Bleggi lembra que a legislação não permite o uso de arma de fogo. "O que eles alegam para instituir a polícia indígena é a questão que eles acham que o Estado está sendo muito omisso, o Estado não está dando a proteção que tem que dar para poder garantir a segurança dos membros das próprias comunidades. Arma de fogo, não, arma deles pode. Arma de fogo é proibido, a legislação não permite", diz. 
Ela também fala a respeito a aplicação do que chama de "penas cruéis". "Os abusos que violem os direitos humanos, por exemplo, a aplicação de penas cruéis, de tortura e de morte - isso o Ministério Público não pode permitir. A Constituição não permite. O Ministério Público não pode virar as costas, mas o Ministério Público não pode apoiar que os indígenas formem uma organização militarizada”, diz a procuradora Gisele.
A tradição de castigos físicos é muito forte. “Isso aqui é para aqueles que estão muito alterados. Usam a palmatória como castigo e para que a pessoa se acalme”, diz Santo Mestâncio Alexandre, cacique da comunidade indígena Umariaçu 2.
Os índios querem receber do Estado por este serviço de policiamento. “Queremos que o governo federal nos reconheça com salário e queremos que o Congresso nacional reconheça com leis nossa segurança”, diz.
Polícia Militar
O delegado da Polícia Federal Gustavo Henrique Pivoto João diz que não se pode reconhecer este tipo de formação policial. “A Polícia Federal tem como um grupo verdadeiramente de milícia, com raízes até paramilitar. Caso isso venha evoluir para uma situação que eles tenham, por exemplo, armamento, a polícia não concorda. A Polícia Federal não apoia. A Polícia Federal reprime qualquer ação que vá de encontro ao estado democrático de direito, contra os direitos humanos”, afirma.
Para cuidar da área, a polícia conta com três delegados e 34 agentes.
Por meio de nota, a Fundação Nacional do Índio (Funai), órgão responsável pela política nacional em relação aos índios, diz que a criação da "polícia indígena" é ilegal. Quando verifica a ocorrência de crimes, a Funai aciona as forças policiais.
“Há o temor de que esses índios acabem vindo a ser cooptados pelo tráfico de drogas, pelas organizações paramilitares de traficantes”, alerta o delegado da Polícia Federal, Pivoto João.
Comentário:
Na cidade de Tabatinga, fronteira entre o Brasil e a Colômbia a tribo dos Tikunas sofre com o Alcoolismo e as drogas que é cada vez mais freqüente na região.
A venda não é controlada e para isso, os índios formaram a sua própria milícia visando combater as práticas que vem sendo adotadas pela proximidade dos indígenas com o homem branco.
Crianças de 10, 11 e 12 anos já estão se envolvendo com drogas e álcool sendo que por lei é proibido vender qualquer tipo de bebida alcoólica em região indígena.
http://g1.globo.com/brasil/noticia/2010/12/envolvidos-com-alcool-e-drogas-indios-criam-milicias-nas-tribos2612.html

Luíza Baião 3C

Índios, ribeirinhos e ambientalistas protestam contra a construção da Usina de Belo Monte

Uma comissão vai entregar à presidente Dilma Rousseff um documento com mais de 500 mil assinaturas contra o início das obras.

Em Brasília, dia de protestos contra a construção do complexo hidrelétrico de Belo Monte, na bacia do Rio Xingu. Índios, ribeirinhos e ambientalistas se reuniram cedo no gramado do Congresso Nacional. Eles querem que o governo rediscuta a política energética brasileira e abra espaço para a participação da sociedade civil na tomada de decisões. Na tarde desta terça-feira (8), uma comissão vai entregar à presidência da república um documento com mais de 500 mil assinaturas contra o início das obras da usina.

Site: http://globonews.globo.com/Jornalismo/GN/0,,MUL1646604-17671,00.html

Comentario:
A atitude dos indigenas e dos ambientalista foi correta, afinal eles vivem em Belo Monte e nao querem perde parte do seu territorio, alem disso com a construção da usina haverá muita poluição no local

Frederico 3C

Índios guajajara mantém funcionários da Vale refénsRedação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR

Seis funcionários da Vale são mantidos reféns de um grupo de indígenas da etnia Guajajara, na Terra Indígena Caru, no Maranhão. Os empregados estão com os índios desde ontem (10), quando a comunidade interditou um trecho da Estrada de Ferro Carajás, que pertence à mineradora.

A ferrovia ficou interditada por cerca de seis horas e foi desbloqueada às 19h de ontem, mas os funcionários não foram liberados pelos índios. Segundo a assessoria da Vale, não houve violência contra os empregados.

Os guajajara protestam pela construção de um posto de saúde na região e pela contratação de professores para a escola da comunidade. De acordo com a coordenação da Fundação Nacional do Índio (Funai) no estado, o grupo quer a presença de representantes do órgão, da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e do governo do Maranhão para negociar.

Em nota, a Vale informa “que nenhuma das reivindicações dos indígenas é direcionada à empresa” e que o acordo de cooperação para apoio à comunidade firmado entre a companhia e a Funai está sendo cumprido. A empresa informou que está “acionando todos os meios legais para responsabilizar civil e criminalmente”os indígenas.

                Trata-se de uma reportagem que relata a revolta de índios da etnia Guajajara, que reivindicam a construção de um posto de saúde na região onde os índios habitam (Maranhão), e pela contratação de professores para a escola da comunidade. O grupo indígena fez alguns funcionários da Vale como forma de mobilizar o governo sobre suas reivindicações.
            A atitude indígena está correta em partes pois o governo não atendeu ás exigências da etnia mas está errada pois não se deve fazer pessoas de reféns como meio de o governo atender às reclamações.

Arthur 3C

Arthur Francisco 3ºC
Índios (que sobraram) do Brasil
Cerca de 0,2% da nossa população são índios. Quem já teve a posse de todo o território nacional agora ocupa 12% do mapa. De um total de 350 mil indígenas remanescentes, aproximadamente 50 mil deixaram as reservas para viver nas cidades ou no campo. Mesmo quem ficou na mata, na maior parte das vezes, passou a ganhar a vida como se fosse um caboclo ou ribeirinho. Para recuperar sua língua, sua cultura e seu passado, os índios dependem da demarcação de suas terras e do acesso à educação diferenciada.
Difícil dizer quantos eram os índios antes do Descobrimento. Calcula-se que havia entre 2 e 6 milhões de indivíduos. Mas um palpite otimista não resolve muita coisa. Ao contrário: quanto maior a estimativa, mais desoladora parece a realidade dos primeiros habitantes do Brasil. Atualmente, eles não passam de 350 mil, o equivalente a três Maracanãs lotados. Você sabe o que isso quer dizer? É possível que, ao longo de nossa história, a população indígena tenha sido dizimada ao ritmo de um milhão por século!
A tragédia indígena não se mede só pelo número de mortos. Tal massacre esconde uma perda ainda mais dramática, porque irreparável. Etnias inteiras foram riscadas do mapa, levando consigo sua cultura e a contribuição que poderiam ter legado à identidade do país. Hoje, o número de agrupamentos indígenas se resume a um quinto do que havia antes de Cabral chegar. Das 216 tribos restantes, apenas 16 rejeitam o contato com não-índios e mantém intactos seus costumes.

Comentário:  A noticia fala sobre a ocupação dos índios no território brasileiro, que atualmente esta diminuído cada vez mais, esse fato prejudica a cultura e o modo de viver dos indígenas. Antigamente eles caçavam, pescavam eles eram auto-suficientes, alem de terem sua própria cultura como rituais de casamentos, dentro outros.
Atualmente índios disputam territórios com brancos e ate vivem como os brancos, se comunicam com telefones celulares  e trabalham para ganhar dinheiro e compra alimento .
Fonte: http://www.educacional.com.br/reportagens/indios/default.asp

Marina Magalhães

Leonardo 3C

Índios protestam contra a construção da usina de Belo Monte

Caiapós se juntaram em frente ao Congresso Nacional.
Com o rosto pintado, eles avisaram que vão tentar impedir as obras.

Índios do Xingu foram à Brasília para fazer uma manifestação contra a construção da usina de Belo Monte, no Pará.

Os índios caiapós se juntaram em frente do Congresso Nacional e protestaram contra a liberação de uma licença do Ibama que autoriza o início da construção da usina de Belo Monte, no rio Xingu.
Eles reclamam que não foram ouvidos pelo governo sobre os efeitos da hidrelétrica nas comunidades indígenas. Com o rosto pintado, os índios avisaram que vão tentar impedir o começo das obras.
“Estamos nos organizando, estamos nos preparando e traçando estratégias para impedir que essa obra saia a qualquer custo”, disse Sonia Guajajara, da liderança indígena.
O ministro de Minas e Energia Edson Lobão disse durante cerimônia em Brasília que o governo está empenhado na construção da usina hidrelétrica. “Se nós não pudermos construir hidrelétricas nós vamos ter que construir térmicas poluentes a custos muitos mais elevados. Belo Monte é um aproveitamento hidrelétrico que vem sendo discutido há mais de 30 anos. Nós vamos iniciar as obras”.
Os índios também estiveram no Palácio do Planalto para tentar falar coma presidente Dilma Roussef. Eles deixaram um documento pedindo o cancelamento da obra da usina de Belo Monte.
Os índios reclamam o fato de o governo não ter os consultado para a construção da usina e não terem mensurado os efeitos que desencadeariam na construção da usina.
Fonte: http://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2011/02/indios-protestam-contra-construcao-da-usina-de-belo-monte.html
Leonardo Marques

Victor Neves 3C

Projeto apoia ecogestão de terra indígena
08/02/2011 - Fonte: Redação PNUD Brasil

Programa prevê investir R$ 63 milhões para financiar iniciativas de conservação e disseminar entre indígenas métodos de gerenciamento

Um projeto de cooperação técnica do PNUD junto com a FUNAI (Fundação Nacional do Índio), o Ministério do Meio Ambiente e organizações indígenas vão apoiar a gestão ambiental de terras desses grupos. Serão investidos R$ 62,9 milhões para disseminar métodos de gerenciamento em pelo menos 30 terras indígenas e financiar ações piloto de geração de renda e conservação em dez. O objetivo é reforçar a contribuição dessas terras para a conservação da diversidade biológica e cultural nas florestas brasileiras.

Um dos pontos centrais será oferecer capacitação para elaborar um diagnóstico mais preciso sobre a situação de cada área. “As terras indígenas estão hoje sujeitas a pressões externas (como invasões) e internas (como demandas por novas atividades, geração de renda e crescimento populacional). E as regras tradicionais nem sempre respondem a essas pressões”, afirma o coordenador técnico do projeto, Robert Miller, justificando a importância de fortalecer o conhecimento indígena sobre gestão.

A iniciativa será implantada, em caráter piloto, em dez terras indígenas – batizadas de áreas de referência e escolhidas em consultas regionais. São duas em cada região: Amazônia; Caatinga e Mata Atlântica Nordeste; Cerrado e Pantanal; e Mata Atlântica Sul. Os treinamentos vão se concentrar nessas áreas, mas participarão também representantes de terras indígenas vizinhas e funcionários dos escritórios regionais da FUNAI e do Ministério. O diagnóstico será feito pelos próprios índios, com apoio do projeto – financiado em parte pelo GEF (Fundo para o Meio Ambiente Mundial, na sigla em inglês), com contrapartida do governo brasileiro.

Nas dez áreas de referência serão disponibilizadas, por exemplo, imagens de satélite do território, que ajudam apontar locais degradados e a localizar com mais precisão a distribuição dos recursos naturais. Haverá também um levantamento de informações em solo, com uso de GPS. “Os indígenas já sabem o que ocorre nas diferentes partes de seu território. Mas o diagnóstico ajuda a consolidar esse conhecimento”, diz Miller.

Mapeadas mais precisamente, essas informações poderão ajudar os índios a formar consensos e tomar decisões sobre o que fazer em seu território, a serem consolidadas em um plano de gestão. “Nesse plano, eles poderão delimitar uma área como refúgio para animais de caça, ou decidir que uma determinada região não poderá ser explorada por alguns anos, ou cobrar ações de fiscalização contra invasões”, exemplifica o coordenador.

O projeto também deverá financiar capacitações para as associações indígenas (sobre temas como gestão financeira e administrativa), estudos sobre a viabilidade de comercializar determinados produtos extrativistas e a compra de equipamentos para seu beneficiamento.

Em outras 20 áreas, o projeto pretende consolidar uma rede de experiências. Nesses locais, a ideia é estudar mais profundamente iniciativas bem-sucedidas de geração de renda e conservação e promover troca de informações (via internet, por meio da elaboração de um catálogo impresso e de intercâmbio entre representantes indígenas).


Seminários

Em preparação desde 2004, com intensa participação de representantes indígenas de todo o Brasil, o projeto do PNUD e da FUNAI entrou em vigor no final de 2010, e suas primeiras ações efetivas devem ocorrer ao longo deste ano. O primeiro seminário regional de planejamento - de uma série de cinco até abril - será realizado entre 16 e 18 de fevereiro, em Curitiba. Estarão em debate os modos de aplicação do projeto nas terras indígenas e a criação de conselhos regionais e núcleos de apoio.

"Em seguida, terá início a análise caso a caso e, depois, a implementação. O prazo previsto de implementação é de quatro anos", explica o coordenador-substituto da CGGAM (Coordenação Geral de Gestão Ambiental da FUNAI), Jaime Siqueira.

Os eventos vão contar com a participação de representantes indígenas das áreas a serem contempladas pelo projeto, funcionários da FUNAI e do Ministério e representantes de possíveis parceiros institucionais, como órgãos estaduais de meio ambiente, universidades e organizações da sociedade civil.


Comentário

A reportagem escolhida mostra que há uma preocupação com a Gestão Ambiental e na permanência dos índios em suas terras. Com tal objetivo o projeto irá fazer com os índios aumentam a produção agrícola em suas terras, gere renda e conserve suas terras. A disseminação do conhecimento de gestão para os índios fará com que estes gerenciem melhor suas terras, auxiliados por investimentos do governo e tecnologias de mapeamento por satélite. Essa iniciativa irá contribuir para a manutenção das tribos indígenas e evitar que essa cultura histórica se perca diante da sede do homem branco por terras indígenas.